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Um passo mais perto do Passaporte Digital de Produto

Nos últimos anos a União Europeia tem vindo a anunciar diversas estratégias que promovem a melhoria da Sustentabilidade e apoiar a Circularidade dos produtos em indústrias específicas, como a Indústria do Têxtil e da Moda. Foram lançadas várias iniciativas como o Pacto Ecológico Europeu e elaboradas leis que entrarão em vigor já em 2024 como é o caso da obrigatoriedade de cada produto colocado no mercado ter um Passaporte Digital de Produto.

O Passaporte Digital de Produto tem como objetivo fornecer informação completa e fidedigna sobre o ciclo de vida de um produto, de forma a que seja rastreável. Isto permite um maior controlo do impacto da produção, exportação e importação têxtil Europeia, e ajuda os consumidores finais a tomar consciência dos impactos ambientais das suas compras.

Enquanto negócio de impacto, existimos com o objetivo de internalizar custos ambientais da indústria têxtil mitigando problemas sociais, aplicando desde o seu início práticas muito alinhadas com a legislação referida. No entanto, sem digitalização e rastreabilidade, o Passaporte Digital de Produto não vai ser uma realidade. 

Assim, e porque este processo é técnica e financeiramente oneroso para organizações da nossa dimensão, trabalhamos este desafio com um estabelecimento de ensino superior alemão focado em inovação estratégica e tecnologia - TUHH (Hamburg University of Technology). Durante quase três meses, os seus alunos estudaram toda a nossa cadeia de valor e modelo de negócio e aprofundaram as melhores ferramentas de reporte e comunicação sustentada do impacto ambiental e social gerado pela iniciativa.

Fotografias do processo de desenvolvimento e teste dos protótipos do Passaporte Digital de Produto


Esta colaboração implicou a participação dos stakeholders chave da cadeia de valor (fornecimento tecidos, venda, pós-venda) como 
Cru Loja, White Stamp, Tintex Textiles, a quem agradecemos a disponibilidade. E ainda user testing do consumidor final e auscultação do público em geral, parte na qual teve um papel chave a  Joana Moreira da Porto Innovation Hub. 

Como principais dificuldades sentidas ao longo deste processo, apontamos a falta de dados específicos e mensuráveis sobre a Indústria da Moda e Têxtil, nomeadamente sobre o impacto ambiental de cada tipo de fibra, que sejam claros e produzidos por instituições de confiança. A não existência de dados ou a dificuldade no acesso faz com que um problema existente não seja visível e, consequentemente, não haja esforço e investimento em soluções para a sua resolução. 

Fotografia do Grupo 4 no dia do Pitch final das ideias desenvolvidas durante a semana


O processo terminou com o pitch final dos alunos na
UPTEC, que muito nos entusiasmou pelo potencial prático de trazerem soluções efetivas que podemos incluir na melhoria dos nossos processos. Porque há sempre espaço para melhorar!